Carta de amor xaparrense……
Amoriiii….faltas-me muntissimo querida...
Fui dar de comida ós bácoros e passei plo curral dos piruns, lembrê-me logo de ti mê amoriii, imaginê-te a dar de comida ós piruns, agáxáda e ê espretê e vi-te as nálgas querida, foi assim que nos conhecemos, lembras-tiiii?
Nesse momento pensê logo pra mim mesmo: aquelas nalgas san um encanto e quero-as pa mim e bem dito bem fêtuuu.....foi nesse momento que senti que te amava, senti porque tu me disses-te: Oh sê porco!!! Isso faz-se?!?!?! Olha que nunca ninguem me viu as nálgas, por isso tu és o prumêruuu.
Ao sentir que tinha sido o prumeruuu a ver-te as nálgas senti-me na ommmbrigação de casar contigo e assim....
Levê-ti pá cabana do forno ( onde as galinhas pôem ) e apalpê-te a bilha mesmo ali mê amoriiii, espetê-ti um bejuu nessas ventas e ficas-te logo toda encarnada, ainda me lembro que me disses-te: “sê alárvi”.
Agora que foste alem abáxo á fonte com o cântaro á cabeça e deves estar quase a voltar, lembrê-me de te escrever esta carta porque tô morrendo de saudades tuas e os gaiátos andam brincando na vacaria, quando cá chegares quero reviver esses momentos e apalpar-te ôtra vez a bilha......tá bem....agora já na temos piruns e as galinhas já na pôem no forno, mas ê levê um colchão de palha que era da minh`avó pó celêruuu e tô lá á tua espera pa dizer que T`AMO e pa te apalpar as nálgas ôtra vez...
Por isso agora quando voltares da fontii e leres esta carta de amoriii, mete o rabinho entre as pernas e sem refilar vais lá ter comigo ó celêruuuu....que ê hoje....tô alárviii.
Mané
“Carta de desamor / O Amor que já não existe”...
Olá….desculpa mas preciso falar contigo, podes ouvir-me?
Preciso dizer-te que este silêncio que existe entre nós esconde o amor que entre nós já não existe, que não nos zangamos há quase um século e só existe indiferença entre nós.
Preciso dizer-te que o nosso mar secou e que tu já não me sabes acariçiar como a sereia que outrora conheci e amei, que esse sorriso que tens é desenhado para te defenderes das noites sem liberdade.
Se este amor já não existe porque continuas a esconder a verdade? Sabes que fingir faz-te mal a ti mesma, secalhar pensavas que eu era assim tão parvo? Parvo é talvez o que senti por ti.
Preciso dizer-te que este amor já nem nos faz chorar, que o unico sentimento é a vontade de fugir de ti e que sobre nós há um cinzento de mau tempo, cinzento que é a unica cor que nos fica bem.
Amanhã será uma dor insuportavel, mas viajarei feliz no comboio da solidão que quem sabe em qual estação me deixará, mas seja lá onde for, sei que em mim renascerá a poesia, toda a poesia que tinha no coração e que gastei contigo, neste amor que já não existe.
Mané
"Nós Romanticos"
Que grande confusão entre fantasmas organizados e electrónicos
Perdidos nas estações onde as pessoas inventam novas cidades
"Senhores" que fazem grandes negócios a revender a propria alma
Gente que têm pelo menos 7 vidas e nem com dinamite explodem
Mas nós que temos uma vida somente
E somos desde sempre a mesma pessoa
E ficamos calados para não incomodar
Somos os que acabamos sempre por pagar
Nós que viemos de muito longe
Nós velhos meninos que não mudamos
Que nos tratam abaixo de cão e rimos na mesma
Porra...não há duvida...somos ROMANTICOS
Nós somos os das boas tristezas
Ficamos com o coração mole perante tudo
Somos bons rapazes e comediantes
Não temos direito a CÉU
É o diabo que nos leva...
A Nós ROMANTICOS
Mané
"Palavras"
Existem palavras para tudo...
Palavras para comprar
Palavras para vender
Palavras para dar
Palavras para pensar
Palavras para fingir
Palavras para ferir
Palavras para calar
Palavras para brincar
Palavras para rir
Palavras para chorar
Palavras para falar
Palavras para escrever
Palavras para fazer palavras
Palavras para fazer cócegas...hihihi
E palavras para AMAR
Mané
"Apocalypse"
Vejo uma lua crescente depois da morte de um sol
Vejo cães que ladram no meio de todo o nada
Vejo sombras desenhadas por uma mão que treme
Vejo voos de anjos que migram para o Oriente
Vejo poetas que vendem as palavras...
Em troca de uma vida eterna e de um pedaço de pão
Consigo olhar nos olhos de quem matou o sol
Não vejo ninguem a quem o possa contar
É caso para que os homens se perguntem...
Onde tudo irá parar
Mané
"O sabor de um beijo"
O sabor de um beijo não se esquece nunca
Se for um beijo que se espera á uma vida
E depois entra até ao coração
E é tão forte como fazer amor
O sabor de um beijo faz arrepiar
Deixamo-nos ir....de olhos fechados
Esquecemos tudo o que está á nossa volta
E seguramos esse beijo entre o céu e a terra
O sabor de um beijo acende a noite
Nesse momento não existem horas
É como um raio de sol...
Que reflecte sobre um palácio de cristal
O sabor de um beijo faz-nos tremer...
E mantem-nos suspensos entre a lua e a terra
Mané
"O Infinito"
A ironia do destino quer que eu esteja aqui...
Mais uma vez a falar de ti
Flasches repetidos na minha mente
Dão luz aos momentos virtuais que vivi contigo
Não sei se é passado, presente ou futuro
Mas é tudo tão nitido que parece ser ontem
Quero saber ler-te o pensamento
Estudar todos os promenores para não errar
E ser para ti e para sempre o teu homem ideal
Sentir como parte de mim o brilho do teu olhar
Ou talvez ainda mais...
Sabes o que é o infinito?
O infinito é um fim ou uma meta...
Que jamais se conseguirá alcançar
Algo que se persegue toda a vida
Sem nunca se ter...
Se o que sinto por ti é amor
É um amor infinito
Mané
"Regresso" (2)
Regresso
Com as minhas asas
Asas de um sonho
Por voar
Porque só não sou quando morrer
E a madrugada me levar
Só quero morrer no ontem
Só quero morrer quando te entrego
Um pouco da minha alma
Na felicidade que me fazes sentir
É com o coração que vos sinto.
Autores: Des / Conhecidos
„O regresso“
Regressei….
Com as minhas asas..
Porque só quero morrer quando a madrugada for eu
Só quero morrer quando o ontem for eu
Só quero morrer quando quem nos tira o respiro..
Me tirar as mãos com que escrevo
E o coração com que vos sinto
Padabaft ***
Mané